THE THIN RED LINE
HOMEM DIANTE DA MORTE: AQUILO QUE A GENTE VÊ E AQUILO QUE REALMENTE É
Palavras-chave:
Malick., Filosofia., Guerra., Existencialismo.Resumo
Este artigo examina o filme The Thin Red Line (1998) – Além da linha vermelha, título dado para a versão brasileira – dirigido pelo direito Terrence Malick, sob uma perspectiva filosófica existencialista, analisando como os homens lutam contra a morte iminente em um cenário de guerra, traçando um paralelo entre o cinema como entretenimento e o cinema como expressão artística. O estudo explora a tensão existente entre a realidade profunda dos personagens e a percepção visual do espectador. Será apresentada uma visão de que Malick criou uma narrativa que transcende a violência do campo de batalha para revelar a complexidade da vida interna dos soldados ao combinar poesia visual e introspecção filosófica. O texto destaca a diferença entre a percepção e a verdade, enfatizando a diferença entre a experiência interna do ser humano diante da morte. Para isso, os métodos visuais do diretor são analisados, incluindo a cinematografia contemplativa e o uso de paisagens exuberantes em contraste com o horror da guerra. Além disso, o artigo examina as vozes internas dos personagens, que expressam suas preocupações, esperanças e pensamentos sobre a vida e a morte em monólogos. Assim, o estudo apresentará a ideia de que The Thin Red Line é mais do que apenas um filme de guerra; é uma obra que reflete profundamente a condição humana, onde as imagens não refletem totalmente a verdade da existência. A análise leva em consideração o papel da subjetividade na interpretação cinematográfica e como o filme desafia o espectador a questionar o significado literal de "ver" a vida e a morte.
Referências
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THE THIN RED LINE. Direção: Terrence Malick, Produção: Robert Michael, Geisler, Grant Hill, John Roberdeau, EUA, Empresa produtora: Fox 2000 Pictures / Phoenix Pictures, 1998. 170 minutos, son., color. Digital.
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