O CONFLITO IDENTITÁRIO DO SUJEITO PÓS-MODERNO NO ROMANCE LUANDA, LISBOA, PARAÍSO, DE DJAIMILIA PEREIRA DE ALMEIDA
Palavras-chave:
Identidade, Conflito, Pós-modernidade, Djaimilia Pereira de AlmeidaResumo
Este trabalho foi desenvolvido durante o Projeto de Iniciação Científica Vozes do trauma: a guerra colonial e a literatura portuguesa contemporânea, cujo objetivo central é a investigação das marcas traumáticas da guerra colonial portuguesa (1961-1974) na produção literária portuguesa contemporânea. O projeto em questão é vinculado ao Núcleo de Estudos Portugueses da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN/CNPq) e orientado pelo Prof. Dr. Mauro Dunder. Este artigo objetiva apresentar uma análise da identidade do sujeito pós-moderno no romance Luanda, Lisboa, Paraíso (2019), de Djaimilia Pereira de Almeida. Como procedimento de análise, selecionamos as personagens centrais da narrativa, buscando traçar considerações entre seus nomes, comportamentos e, sobretudo, a sua identidade. Nesse sentido, partiu-se da hipótese de que após a Guerra Colonial Portuguesa e, como consequência, a Guerra Civil Angolana, o indivíduo deparou-se com um conflito identitário no que diz respeito ao sentimento de pertencimento à sua nação. Ressaltamos, então, que o trabalho propõe uma investigação apoiada na união entre a literatura e a sociologia, atentando para as interações sociais e culturais. Para isso, utilizamos um referencial teórico formado por Stuart Hall (2006), que discute sobre a concepção de identidade cultural na pós-modernidade e apresenta a concepção de sujeito fracionado, em crise por sua fragmentação. Desse modo, perante a análise de perfil das personagens, é possível afirmar que, com as grandes mudanças sociais resultantes dos conflitos citados, o indivíduo tende a expressar uma identidade fragmentada e variada, muitas vezes, ainda não resolvida. Em suma, notam-se conflitos que põem em cheque qualquer estabilidade sobre o “ser” em meio a sociedade.
Referências
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