AS GANHADEIRAS DE ITAPUÃ: DA BAHIA PARA O SAMBÓDROMO DA MARQUÊS DE SAPUCAÍ
Palabras clave:
Cantos de trabalho, Ganhadeiras de Itapuã, Mulher Negra, Unidos de ViradouroResumen
Este trabalho tem como objetivo geral entender e compreender a importância dos cantos de trabalhos dos negros como parte integrante da cultura popular brasileira, analisando o grupo musical As Ganhadeiras de Itapuã-BA e a performance de sua história contada no carnaval do Rio de Janeiro pela escola de samba Unidos de Viradouro em 2020. A problematização abordada é a seguinte: qual a importância dos cantos de trabalho dos negros para a história popular brasileira? A história d’As Ganhadeiras de Itapuã é intrínseca a história do Brasil, os negros foram forçados a deixarem tudo para trás e se tornarem escravos do colonizador europeu. Esquecer seus costumes e tradições seria o mesmo que apagar, silenciar a história desses povos. Assim, seus cantos, danças e ritos foram descritos por viajantes em seus diários como vulgar e cultura de bárbaros, alguns poucos descreviam como algo rítmico e performático. Seja como for, essa cultura hoje está incorporada a cultura popular brasileira. A metodologia utilizada é bibliográfica descritiva, buscando apoio em referencial teórico que abordem sobre a performance, partindo de uma análise sobre a história dos negros escravizados que tiveram que se submeter à cultura do branco europeu e esquecer seus ritos. As Ganhadeiras de Itapuã fizeram de seu canto um resgate de suas tradições e costumes. Em 2004 nasceu o Coral com a perspectiva de não deixar morrer os ensinamentos afrodescendentes e, em 2020 essa história ganha a Avenida da Marquês de Sapucaí através do samba-enredo “Viradouro de alma lavada” da escola carioca Unidos do Viradouro.
Citas
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