RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513  
Pedro Henrique Oliveira Macedo  
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da  
Universidade Federal do Paraná (PPGCOM/UFPR). Bolsista de Pós-  
Graduação na Agência Escola de Comunicação Pública UFPR. Graduado  
em Comunicação Social - Jornalismo pela UFPR com certificação na  
Universidade do Minho (Portugal) em Ciências da Comunicação.  
Atualmente trabalha no setor de Comunicação e Marketing da Liga  
Paranaense de Combate ao Câncer (Hospital Erasto Gaertner e Hospital  
Erastinho). Realiza pesquisas na área do jornalismo de saúde,  
epidemiologia, aids e saúde pública, resultando na monografia e livro-  
reportagem A doença que habito (2020), premiado como melhor livro-  
reportagem avulso pelo Intercom Sul em 2021.  
Master's student in the Postgraduate Program in Communication at the  
Federal University of Paraná (PPGCOM/UFPR). Postgraduate Scholarship  
at the Agência Escola de Comunicação Pública UFPR. Graduated in Social  
Communication - Journalism from the UFPR with certification at the  
University do Minho (Portugal) in Communication Sciences. He currently  
works in the Communication and Marketing sector of the Paraná League  
to Combat Cancer (Hospital Erasto Gaertner and Hospital Erastinho).  
resulting in the monograph and book-report The Disease I Habit (2020),  
awarded as best separate book-report by Intercom Sul in 2021.  
Este artigo passou por avaliação por pares cega e software anti-plágio.  
LICENÇA ATRIBUIÇÃO NÃO COMERCIAL 4.0 INTERNACIONAL CREATIVE COMMONS CC BY-NC  
CARNE, PEDRA E MÁSCARA: PERCEPÇÕES DE  
MUDANÇAS NAS RELAÇÕES SOCIAIS DO CORPO CÍVICO  
APÓS DOIS ANOS DE PANDEMIA DA COVID-19 BASEADO  
NA LEITURA DO LIVRO DE RICHARD SENNET  
RESUMO  
Máscaras, vacinas, isolamento social. Termos como estes se tornaram cada vez mais presentes  
em nossa sociedade com a chegada da pandemia da Covid-19. No entanto, os mais de quatro  
mil anos de história das civilizações são marcados por grandes mudanças sociais que  
transformaram o modo de vida e as relações sociais do corpo cívico, especialmente devido às  
grandes pandemias como a cólera na Grécia Antiga. A partir de uma pesquisa de análise de  
conteúdo jornalístico, este artigo traz como discussão as mudanças percebidas nas relações  
sociais após dois anos de pandemia. Usa-se como base a leitura do livro de Richard Sennett,  
Carne e Pedra. A partir dos raciocínios de Sennett é traga uma discussão do que pode haver  
mudado com a Covid-19 e perceber um futuro pós-pandemia.  
Palavras-chave: Covid-19. Corpo cívico. Mudanças sociais. Comunicação.  
FLESH, STONE AND MASK: PERCEPTIONS OF CHANGES IN THE  
SOCIAL RELATIONS OF THE CIVIC BODY AFTER TWO YEARS OF  
THE COVID-19 PANDEMIC BASED ON READING THE BOOK BY  
RICHARD SENNET  
ABSTRACT  
Masks, vaccines, social isolation. Terms like these have become increasingly present in our  
society with the arrival of the Covid-19 pandemic. However, the more than four thousand years  
of the history of civilizations are marked by major social changes that transformed the way of  
life and social relations of the civic body, especially due to major pandemics such as cholera in  
Ancient Greece. Based on journalistic content analysis research, this article discusses the  
changes perceived in social relations after two years of the pandemic. The reading of Richard  
Sennett's book, Flesh and Stone, is used as a basis. Based on Sennett's reasoning, we will discuss  
what may have changed with Covid-19 and understand a post-pandemic future.  
Keywords: Covid-19. Civic body. Social changes. Communication.  
35  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
INTRODUÇÃO  
Ao produzir Carne e Pedra, Richard Sennett escreve a história da civilização ocidental  
a partir das experiências corporais em relação às cidades. O livro traz mais de quatro mil anos  
de histórias sobre casas, ruas, praças, prédios de condomínio, subúrbios e demais espaços  
sociais que constituem a sociedade, bem como suas relações interpessoais em relação à cultura,  
festas e eventos históricos, incluindo pandemias. A obra tensiona diversos aspectos da evolução  
humana, como descobertas médicas, guerras e revoluções desde Atenas até a moderna Nova  
York (Caxilé, 2007).  
A história da sociedade é contada sobre uma ótica mais específica do corpo, da  
convivência e dos impactos disso ao existirmos enquanto comunidade. Por exemplo, a  
individualidade, necessidade humana de conforto e prazer que, certas vezes, nos levam a  
construir muros e outros aparatos de segregação. Porém, mesmo no individualismo, o corpo  
sofre, sente e para entendermos nossa condição humana é necessário a percepção do outro.  
Descobrimos isso com a quarentena da Covid-19, que chegou ao Brasil em março de  
2020. As duras restrições colocaram corpos acostumados a viverem em sociedade, a interagirem  
e participarem de eventos sociais nas cidades em isolamento, em quatro paredes, com o mínimo  
contato humano. O individualismo obrigatório, que muitas pessoas se viram forçadas de um dia  
para o outro, foi urgente para colocar em evidência diversas questões sociais, como a saúde  
mental, a necessidade do corpo de vivências, a importância dos rituais e a condição natural  
humana de viver em sociedade. Trouxe igualmente discussões sobre mudanças de hábitos  
através da transformação das atividades cotidianas de maneira remota, como home office e  
telemedicina.  
Por isso, o presente artigo tem por objetivo trazer uma discussão, a partir da leitura da  
obra de Richard Sennett, sobre as percepções da mudança no individualismo e as interações do  
corpo cívico depois de dois anos de pandemia. O texto tenta evidenciar o impacto que grandes  
doenças e epidemias possuem na história da sociedade, como mudamos e evoluímos com essa  
situação de forma científica e socialmente, bem como tentar identificar quais foram as  
características que permaneceram mesmo após a flexibilização das medidas restritivas.  
Desta forma, busca-se trazer uma discussão que possa agregar com a história contada  
por Sennett, a partir de um novo fato histórico, o qual foi a Covid-19. Aqui são tragos  
questionamentos sobre o que mudou quando vamos ao shopping, o que podemos aprender com  
o uso da máscara e a questão sobre até que ponto o individualismo pode ser justificado através  
da pandemia.  
36  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
O leitor encontra um subtítulo sobre a metodologia, que explica os processos escolhidos  
para a escrita do artigo e análise dos dados. Em seguida é feito um breve panorama sobre os  
dados da saúde mental e do isolamento causados pela pandemia.  
Após isso é trago algumas discussões. Primeiro, sobre os corpos sofridos (conceito  
usado por Sennett), onde evidencia a evolução das doenças na história. Em sequência, uma  
discussão sobre a necessidade social de associação de corpos e grupos como causadores de  
doenças específicas e como isso possui influência no distanciamento social entre as pessoas.  
Por fim, é trago uma discussão sobre as principais mudanças percebidas no decorrer nos anos  
de 2020 e 2021 enquanto permanecemos quarentenados, bem como o que provavelmente pode  
permanecer e se caracterizar como novo normal.  
METODOLOGIA  
O presente artigo é uma análise de conteúdo jornalístico publicado em veículos de  
comunicação, que se justifica na pesquisa da pesquisa definida por Bonin (2008). Assim, o  
percurso metodológico avança a partir de um "acervo" de outras contribuições sobre o assunto.  
É uma prática relevante para entrar em contato com o que já foi produzido, a fim de contemplar  
e considerar novas investigações que possam surgir com e partir deles. Ainda conforme a  
autora, a pesquisa da pesquisa "oferece elementos para elaboração de uma problemática, bem  
como para autoconstrução do pesquisador, possibilitando enxergar problemas já enfrentados"  
(Bonin, 2008).  
Desta forma, como base na revisão, este artigo utiliza a leitura realizada do livro Carne  
e Pedra: o corpo e a cidade na civilização ocidental (Sennet, 2021). Com a leitura foi possível  
identificar os pontos abordados pelo autor em relação à história dos corpos durante a evolução  
na sociedade. A partir dos seus raciocínios, então, tensionar com a realidade da Covid-19, de  
modo a trazer novas discussões ao corpo na civilização.  
Para base dessa discussão foram selecionados cinco produções que trazem a discussão  
da individualidade e da saúde mental em relação aos efeitos causados pela pandemia da Covid-  
19. Grande parte das informações sobre mudanças sociais e outras pesquisas são encontrados  
em portais e sites, como Fiocruz, G1, Exame, Estadão e Veja Saúde, onde especialistas trazem  
as mudanças que a pandemia teve na sociedade e que "vieram para ficar".  
Desta forma, tem-se a tabela abaixo que evidencia os artigos trabalhados nesse artigo,  
bem como os títulos e temas que contribuíram para criar a base de análise do conteúdo para  
construção deste raciocínio.  
37  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
Tabela 1: Seleção de textos produzidos por veículos de comunicação  
Veículo  
G1  
Título  
Saúde mental global piorou na pandemia, diz OMS  
“Resiliência tem limites”: a saúde mental na pandemia de coronavírus  
24 mudanças trazidas pelo coronavírus que devem sobreviver a pandemia  
Impactos sociais, econômicos, culturais e políticos da pandemia  
As mudanças que a pandemia gerou nas cidades vieram para ficar  
VejaSaúde  
Estadão  
Fiocruz  
Instituto Butantã  
Quatro hábitos de prevenção de doenças que devem permanecer depois da pandemia  
para a saúde de todos  
CNN  
Saiba quais hábitos adquiridos devem ser mantidos após a pandemia  
Exame  
Pós-pandemia: como será o mundo que vamos encontrar no futuro próximo?  
Superinteressante  
O mundo pós-coronavírus  
Fonte: O autor  
A leitura dos textos foi feita para identificar as principais mudanças percebidas pelos  
autores e pelos veículos de comunicação. Realiza-se uma filtragem de corte temporal, dando  
prioridade aqueles escritos entre 2020 e 2022. Excluí-se apenas aqueles que fogem do enfoque  
escolhido, como análise de impacto ambiental e estudos sobre produção de remédios e fármacos  
Em cada parte analisada, é realizada a tentativa de associar com algum conceito trago  
por Sennett (2021) em seu livro. Assim, busca-se evidenciar que as ideias de Carne e Pedra  
continuam um tanto quanto contemporâneas e se encaixam ainda na nossa realidade atual.  
Importante frisar também que os textos selecionados não são os únicos apenas  
produzidos sobre o tema, servindo apenas como uma base. A ideia foi selecionar um pequeno  
escopo de um campo muito mais abrangente e perceber, a partir desses textos, quais são as  
tendências das mudanças sociais da pandemia e como se encaixam com Carne e Pedra. Desta  
forma, podendo ser essa pesquisa revisada e até mesmo continuada com outros pesquisadores  
que se interessem sobre o tema. Os links de acesso para cada um podem ser encontrados nas  
referências.  
CORPOS SOFRIDOS: AS DOENÇAS NA HISTÓRIA E ASSOCIAÇÃO AOS CORPOS  
Grandes epidemias e pandemias assolam a sociedade historicamente. Em Carne e Pedra  
(2021), Sennett traz a discussão do corpo sofrido. Ao explicar sobre a epidemia de cólera que  
atingia a Grécia Antiga, o autor explica que a definição do corpo cívico sofrido, representado  
por cultos fúnebres e outras lições sombrias aprendidas com a doença, contribuíram para o  
legado de Atenas com a divisão da compreensão mental e liberdade do corpo, bem como  
reconhecer que rituais não bastam para unir e cicatrizar uma sociedade em crise (Sennet, 2021).  
A cólera chegou em uma época que não se dispunham de muitos instrumentos eficazes para  
38  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
combater a doença. "Com os conhecimentos da época, os médicos da antiga Atenas estavam  
despreparados para erradicar a epidemia de cólera" (Sennet, p. 87, 2021). O mal atingiu de  
maneira fatal a estrutura social da cidade, mudando o curso dos rituais e celebrações rotineiras,  
bem como rompeu com as barreiras hierárquicas do Estado, uma vez que a doença não  
distinguia cidadão de não-cidadão, ateniense de escravos, ou mesmo homens de mulheres.  
O que o autor de Carne e Pedra contra sobre a história de Atenas é o que se consegue  
comparar com a chegada de diversas outras doenças. A aids, por exemplo, por muito tempo foi  
vista como castigo divino e algo associado aos corpos homossexuais. Cria-se uma cultura de  
individualismo, porque ignorar a presença e a existência do outro era visto como prevenção  
contra o vírus HIV. Da mesma forma, foram anos de pesquisa até que pudéssemos entender as  
transmissões, perceber que uma doença não enxerga classe social ou orientação sexual e  
trabalhar em um processo de tratamento mais adequado (Macedo, 2020).  
A ideia de corpos cívicos impuros, que podemos associar com a aids e os corpos  
homossexuais, também ocorreu com os judeus na Itália do século XV e XVI. Sennett (2021)  
conta que o corpo judeu era associado à epidemia de sífilis que assolava Veneza justificado na  
sensualidade. Como diz Sennett:  
O ataque veneziano contra os judeus estava associado a essa reação contra a  
sensualidade corporal [...] Se tocar um judeu equivalia a contrair uma infecção  
de natureza sexual - a partir do momento em que o senso comum associou-os  
à disseminação da sífilis -, doutores da mesma origem racional estavam  
proibidos de tratar a doença (p. 232, 233).  
Na mesma parte do livro, Sennett explica que os corpos judeus pareciam abrigar uma  
"miríade de doenças decorrentes das práticas religiosas" (p. 231). Essa associação de corpos e  
doenças conversa com o que diz a pesquisadora americana, Susan Sontag, que afirma nada ser  
mais punitivo do que dar sentido às doenças. Uma vez cruel toda doença ou casualidade  
tenebrosa que o tratamento seja ineficaz, ser saturada de significação (Sontag, 2007 p.52).  
A associação de doenças com corpos é vista também quando falamos da pandemia do  
coronavírus, tema deste texto. O preconceito contra pessoas asiáticas cresceu a partir da Covid-  
19. Foram registradas postagens ofensivas, agressões em locais públicos e ainda as declarações  
do então ministro da Educação, Abraham Weintraub, que afirmou que a China sairia  
prevalecida da pandemia enquanto imitava um sotaque asiático (Torres, 2021).  
Estudar Sennett nos mostra como muitas questões de xenofobia, gênero e sexualidade  
muitas vezes são resultados diretos de relações que envolvem as doenças, saúde e história da  
medicina. Um grande exemplo disso está a Ars Medica, uma obra do médico romano Galeno  
39  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
considerada um dos primeiros livros sobre saúde a perdurar por anos. A ciência do médico era  
baseada nas ideias de Aristóteles e Hipócrates. Por muito tempo, as suposições médico-  
científicas eram incorporadas ao pensamento social sem muitos questionamentos (Sennett,  
2021, p. 170-171).  
A Ars Medica, por exemplo, usava a temperatura para definir o temperamento de uma  
pessoa. Sennett traz a seguinte definição de medicina usada por Galeno: "conhecimento do que  
é saudável, mórbido e neutro". E isso acontecia dependendo da compreensão dos calores e  
fluídos do corpo e como os mesmos interagiam e as doenças surgiam quando esses fluídos  
estavam desequilibrados. Todo esse pensamento contribui para a separação até mesmo dos  
sexos nas relações das doenças, principalmente entre homens e mulheres, acarretando  
diretamente em diversos preconceitos de gênero que possam surgir devido a esse pensamento  
(SennetT, 2021). A Ars Medica não é mais utilizada, mas é estudada para compreender a  
evolução da história da medicina em todo esse período.  
Esse capítulo da obra de Sennett nos mostra que a evolução da medicina está associada  
com a evolução da sociedade. A Ars Medica foi por muito tempo o que eles conheciam por  
medicina. E a definição de fluidos corporais e seu equilíbrio impactaram diretamente em áreas  
como a arquitetura da cidade, também discutido em Carne e Pedra, uma vez que as cidades  
foram construídas e pensadas como um corpo humano, onde as ruas seriam as artérias que  
levam os fluidos ao corpo. Uma cidade bem estruturada funcionaria igual o corpo humano.  
Da mesma forma, doenças que atingiram a nossa história contribuíram para a mudança  
expressiva de pensamentos e atitudes. No momento em que o Brasil enfrentava doenças como  
varíola, febre-amarela e peste bubônica, graças aos estudos do sanitarista Emílio Ribas,  
começamos a desenvolver mais campanhas de conscientização da higiene pessoal e de  
saneamento básico. A própria Veneza, que culpabiliza os corpos judeus, também passou a  
investir em saneamento e limpeza.  
No momento em que a epidemia de aids alcança seu pico, o uso de preservativos ganhou  
um novo significado para diversas classes da sociedade. O avanço das vacinas contra diversas  
doenças, como poliomielite, varíola, novamente, e outras contribui para erradicar doenças que  
antes eram vistas como pragas.  
Da mesma forma, a pandemia da Covid-19 nos trouxe diversas mudanças sociais que  
podem ser percebidas e que serão discutidas na próxima parte deste artigo. Usar máscaras,  
álcool em gel, bem como distanciamento social em tempos de crise. Mas, além disso  
40  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
percebemos mudanças em práticas que antes pensávamos ser consolidadas, como deixar de  
trabalhar presencial e fazer o remoto.  
NOVO NORMAL: MUDANÇAS PERCEBIDAS NO CORPO CÍVICO COM A  
PANDEMIA  
A discussão do "novo normal" após anos de pandemia começa com a questão da saúde  
mental. Pesquisas identificadas através da análise de conteúdo divulgado nas mídias  
evidenciam o aumento do debate deste assunto nos últimos anos. Uma reportagem publicada  
pelo Portal G1 mostra que o relatório da Organização Mundial da Saúde registrou o aumento  
em 25% dos casos de depressão e ansiedade impulsionadas por medidas de precaução contra a  
Covid-19 (G1, 2022, online).  
A questão mental surge na pandemia, especialmente em relação às mortes que atingiam  
picos exacerbantes em 2021. Outra pesquisa divulgada por Pinheiro (2021, online) evidencia  
um aumento, mesmo que discreto, na intensidade de sintomas ansiosos ou depressivos e  
também na sensação de solidão, estresse e risco de suicídio.  
Outrossim, a pesquisa sugere alguns fatores de risco para esses casos. Por exemplo,  
mulheres e jovens em situação socioeconômicas mais fragilizadas estavam sujeitas ao aumento  
da piora do estado psíquico (Pinheiro, 2021).  
Ao falarmos de saúde mental muito surge em relação ao confinamento. Sennett (2021,  
p. 372) afirma que "aqueles que abdicam da vida em comum perdem a vida". Aprendemos em  
Carne e Pedra, que o corpo cívico é sociável e que a forma como os espaços urbanos são  
construídos deriva dessas experiências corporais. Por isso, quando surgem empecilhos a  
exemplo da pandemia, muito é impactado nossa vida cotidiana quando simplesmente paramos  
de compartilhar os lugares e de socializar com os outros. Nos últimos dois anos, muita coisa  
teve que ser mudada e deve continuar a ser assim a partir da existência desse pequeno vírus.  
A pandemia de Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2 ou Novo  
Coronavírus, vem produzindo repercussões não apenas de ordem biomédica e  
epidemiológica em escala global, mas também repercussões e impactos  
sociais, econômicos, políticos, culturais e históricos sem precedentes na  
história recente das epidemias (FIOCRUZ, online, 2021).  
Ou seja, é possível perceber que a forma como nos relacionamos foi impactada com a  
pandemia e o isolamento social. Não somente a questão da saúde mudou, mas muita coisa em  
relação ao nosso ser social também foi impactada. A sustentação econômica do sistema  
financeiro e da população, a saúde mental em tempos de confinamento, bem como acesso aos  
41  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
bens essenciais, como alimentação e remédios (FIOCRUZ, online, 2021). Tudo isso é  
perceptível quando paramos para refletir os últimos dois anos de pandemia.  
Bonduki (2021) afirma que a longa duração da pandemia consolidou mudanças nos  
aspectos urbano, incluindo trabalho, habitação, cultura e mobilidade, que sejam positivas ou  
negativas vieram para ficar. Ele sintetiza em seu texto 20 pontos de impacto na vida urbana que  
acredita terem sido os mais afetados. Aqui são tragos 13 que ainda são perceptíveis em 2022:  
1. A moradia se torna lugar central da vida familiar, social e profissional;  
2. Empresas adotam trabalho home office, mesmo que híbrido;  
3. Cresce na educação o ensino remoto;  
4. Moradias necessitam ser maiores e melhores conectadas;  
5. Promover políticas públicas de conectividade para áreas de vulnerabilidade;  
6. Urbanizar e sanear os assentamentos;  
7. Repensar o compartilhamento do ambiente doméstico;  
8. Gerenciar conflitos familiares;  
9. Flexibilização do local de habitação devido ao trabalho remoto;  
10. Fortalecimento da economia local;  
11. Entretenimento de moradia com delivery e serviços de streaming;  
12. Maior controle de eventos públicos;  
13. Maior consumo em proximidades locais.  
Essas mudanças são tragas por Bonduki (2021) como os principais impactos após a  
Covid-19. Realmente, uma pesquisa publicada em 2022 pela Confederação Nacional de  
Dirigentes Lojistas junto com a SPC-Brasil e o Sebrae, por exemplo, mostram que 77% dos  
consumidores preferem comprar perto de casa1. Ao pensarmos no trabalho remoto, por  
exemplo, outra pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mostra que 74  
milhões de brasileiros trabalharam desta forma durante 2021, o ápice da pandemia2.  
Outra perspectiva de mudança está na relação com a saúde. A pandemia trouxe hábitos  
de higiene que com uma certa perspectiva vão ficar impregnados em nossa sociedade, como  
higienizar as mãos e o uso de máscara em caso de doenças. É o que podemos perceber através  
da leitura de outro texto selecionado para a pesquisa publicado pelo Instituto Butantã. A  
1
cndl-84-dos-consumidores-preferem-comprar-perto-de-casa>.  
2
trabalhadores-no-brasil-diante-da-pandemia-aponta-ipea.ghtml>  
42  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
   
instituição, que protagonizou a produção da vacina em território nacional, acredita que estes  
hábitos devem permanecer para combater futuras pandemias que possam aparecer em nossa  
sociedade.  
Algumas dessas novas atitudes são ensinamentos sobre a melhor forma de  
combater e se prevenir de qualquer doença respiratória: o uso de máscaras,  
lavagem das mãos com água e sabão e uso de álcool em gel para dificultar a  
transmissão de microrganismos e a vacinação completa como prevenção  
(BUTANTÃ, online, 2021).  
Outras consequências percebidas pelo "novo normal", no entanto, trouxeram algumas  
discussões positivas em relação às pautas como o meio ambiente. Marples (2021) coloca em  
evidência em reportagem para a CNN Brasil, que muitos desses hábitos beneficiaram a natureza  
pelo aumento do investimento na compra de produtos locais, além da diminuição de viagens e  
deslocamento.  
A compra de produtos locais economiza no frete, que faz com que o consumo viaje  
menos. Da mesma forma, o trabalho remoto permite que menos pessoas estejam na rua em  
carros que emitem toneladas de gás carbônico na atmosfera, igualmente, a redução de viagens  
de avião diminuem a poluição na atmosfera (Marples, 2021). No entanto, ainda a mesma  
reportagem traz ainda mudanças que podem ser benéficas para o corpo cívico, como passar  
mais tempo na natureza, evitando ambientes muito urbanizados e industrializados, bem como  
a quarentena possibilitou que algumas famílias ressignificassem os famosos "jantares em casa",  
aumentando o tempo com que o núcleo familiar passe junto.  
Mas o que isso até agora consegue conversar com a obra de Sennett (2021)?  
O autor afirma que o corpo só se torna vivo ao lidar com dificuldades e superá-las (p.  
315). Desta forma, para um corpo cívico que se encontra em um momento de pandemia, as  
dificuldades impostas pelo confinamento e medidas preventivas não necessariamente só  
trouxeram problemas de saúde mental ou de individualidade. Foi através da pandemia também  
que se aumenta a percepção da empatia e de como a nossa vivência possui um impacto nesse  
mundo. Perceber que poucos dias em casa já são suficientes para diminuir o consumo de gás  
carbônico, por exemplo, condiz com o que diz Sennett de que os seres humanos precisam ser  
sacudidos para perceber o Outro e o lugar compartilhado. Essas mudanças de comportamento  
não são apenas hábitos que vieram para ficar, mas podem ser compreendidos também como  
alterações na forma como convivemos em sociedade e a importância de uma política de saúde  
que consiga combater atos tão inevitáveis como pandemias.  
Em relação ao contato humano na natureza, Sennett (2021, p. 274) já nos mostrava em  
seu capítulo sobre o Corpo em Movimento, que mesmo no século XVIII, em uma época que  
43  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
não se sabia muito sobre fotossíntese, os efeitos de um planejamento urbano que priorizava o  
ambiente e o espaço aberto era muito bem recebido pela população. Isso incentivava a liberdade  
corporal ao entrar em contato com a natureza, que serviam como verdadeiros pulmões urbanos  
e incentivavam uma série de leis sobre saúde pública.  
Podemos associar esse movimento com uma pesquisa divulgada pela revista Exame,  
que mostra que com a pandemia, 40% dos entrevistados querem visitar mais parques3.  
Provavelmente, esse movimento acontece após dois anos em que muitas das liberdades  
corporais e individuais no mundo sociável foram restringidas devido ao confinamento e as leis  
de proteção contra a Covid-19.  
Fucs (2020) em sua reportagem para o jornal O Estado de São Paulo também previa  
diversas mudanças estruturais com a pandemia.  
Em poucos meses, a pandemia introduziu ou acelerou profundas  
transformações na nossa vida pessoal, profissional e social. Provocou uma  
revolução na rotina das empresas e um estrago colossal nas contas públicas.  
Várias dessas mudanças deverão sobreviver ao vírus e moldar o nosso futuro,  
em maior ou menor grau, por mais um tempo ou para sempre, para o bem ou  
para o mal (Fucs, 2020, online).  
Entre elas as já citadas aqui como consumo de conteúdo em domicílio, o trabalho  
remoto, a valorização do mundo virtual, seja no comércio ou na educação. No entanto, as  
mudanças em relação aos hábitos de saúde também precisam ser bem delimitadas. Isso, porque  
a higienização contínua também vem como uma forte tendência, até por ser uma grande aliada  
no combate a futuras pandemias. Além disso, o risco de infecções contribuiu não somente no  
aumento do consumo de álcool em gel, mas até de produtos de higiene e limpeza, como  
desinfetantes e água sanitária (Fucs, 2020). Essa tendência foi vista até mesmo no início da  
pandemia, quando vídeos viralizavam na internet de pessoas atrás de papel higiênico nos  
supermercados. Aqui podemos fazer a comparação com o que diz Sennett (2021, p. 233) ao  
mostrar que muitos dos judeus que sofreram de lepra na Itália antiga estavam sujeitos a doença  
pela falta de enxoval e de banheiras domésticas. Relembrando, assim, que grandes epidemias  
foram cruciais para a criação da cultura de higienização social.  
Ainda segundo Fucs (2020), a pandemia também trouxe o acesso ampliado à  
telemedicina. Com os sistemas de saúde pedindo que as pessoas evitassem os hospitais,  
consultas pela internet resolveram a questão da locomoção e assistência para os pacientes  
3
parques/>  
44  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
 
mesmo em um período de isolamento. Desta forma, o próprio Conselho Federal de Medicina  
(CFM) reconhece em 19 de março de 2020 a necessidade de ampliar essa ferramenta.  
Embora muitas organizações do setor de saúde resistissem há anos à adoção  
das consultas remotas de forma massificada, elas se transformaram  
subitamente na única opção segura para o sistema continuar funcionando e  
para que pacientes e médicos evitassem o contato físico na pandemia (Fucs,  
2020, online).  
Outras vantagens da telemedicina foi o acesso mais rápido e otimização do tempo na  
relação médico e paciente, evitando grandes deslocamentos e inclusive atrasos.  
Aqui podemos inclusive fazer uma comparação com a forma como a sociedade lidou  
com as doenças de formas diferentes em épocas diferentes. Na Idade Média, segundo Sennett  
(2021), os asilos e hospitais abriam suas portas mais livremente para as pessoas do campo,  
acolhendo crianças e doentes desconhecidos. Ou seja, os hospitais sempre foram um ponto de  
encontro social dos corpos cívicos. Agora, os hospitais passam a ser um lugar a ser evitado, um  
lugar de corpos sofridos a lutar contra uma doença e perdem a sua posição de lugar  
sociabilidade.  
O isolamento social provocou mudanças de comportamento. Mas, o que podemos  
esperar do futuro pós-pandemia?  
O que sabemos com certeza é os hábitos mudaram nos mais diversos escopos. No  
econômico, por exemplo, percebemos o surgimento de um novo tipo de consumidores. As  
pessoas se acostumaram com o consumo online e irão priorizar esse tipo de comportamento  
futuramente. Além disso, as discussões sobre saúde e debates sociais sobre consciência social  
aumentaram junto com o avanço da pandemia (Loures, Castro, 2021, online).  
Ainda, novos costumes surgirão e antigos passaram a ter outros significados. Garattoni  
(2020) explica em uma reportagem publicada pela Superinteressante, que o aperto de mão, por  
exemplo, um gesto que caracterizava muitas vezes a igualdade entre as pessoas, possa talvez  
não seja tão popular assim após a pandemia da Covid-19. As pessoas podem se lembrar que  
esse simples gesto um dia já causou a transmissão e deixar de usar o gesto, apesar de o mesmo  
ter sobrevivido à gripe espanhola.  
Outra característica apontada também diz em relação à saúde mental. Transtornos como  
ansiedade, depressão e outras fobias parecem ter sido catalisador com o isolamento social. Isso  
dificilmente fará com que alguém saia com a saúde mental intacta após dois anos de pandemia  
(Garattoni, 2020).  
45  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
CONCLUSÕES  
A história da sociedade pode ser contada a partir de diversas perspectivas. Ao lermos  
Carne e Pedra escrito por Richard Sennett também percebemos que a sociedade muda de  
acordo com diversos fatores, incluindo as doenças e a relação da sociedade com a cidade.  
Por diversos momentos na história, vemos que muitos hábitos e mudanças foram  
catalisadas por diversas epidemias que os seres humanos enfrentaram. Seja a cólera na Grécia  
Antiga, a lepra e sífilis na Itália dos séculos XIV e XV, a Gripe Espanhola no século XX e a  
pandemia da Covid-19 nos últimos dois anos. O presente artigo baseou-se em um simples  
escopo bibliográfico que permitir perceber que em pouco tempo, as mudanças causadas pela  
disseminação do coronavírus foram inúmeras e merecem ser estudas em futuras pesquisas. Em  
apenas dois anos, questões como a saúde mental causada pelo isolamento, o acesso democrático  
de tecnologias de comunicação (como a internet) em áreas de vulnerabilidade social, bem como  
o acesso à medicina e a mudança da relação médico e paciente através da telemedicina se  
mostram presentes nesse espaço de tempo.  
Ainda existe a questão das políticas públicas de saúde, que abrem espaço para um maior  
debate sobre a valorização da ciência, produção de vacinas e mesmo a instalação de hábitos que  
podem se tornar permanentes como o álcool em gel e a máscara.  
O que esse artigo tenta evidenciar, além dessas mudanças no "novo normal", é que  
pandemias repetem padrões, mas contribuem na evolução da sociedade de maneiras positivas e  
negativas. Repete padrões, porque uma doença vem perceptivelmente acompanhada de  
estigmas. Seja com os judeus na Itália antiga, seja com os homossexuais na aids, ou com os  
asiáticos na Covid-19. No entanto, também trazem boas contribuições com o avanço da ciência  
e conscientização de ações sanitárias que impedem que essas doenças voltem a existir.  
Desta forma, concluímos também que a pandemia da Covid-19 se mostra como  
justificativa para uma provável continuação de Carne e Pedra, uma vez que a pandemia atuou  
ativamente na mudança de relações do corpo cívico com a cidade devido ao isolamento e novas  
regras de convivência. Cultos e ritos foram proibidos. Expressões artísticas canceladas. A  
relação com a cidade mudou e mesmo com a melhora dos casos da pandemia, ainda vemos  
hábitos como o trabalho remoto, ensino à distância e compras online, que afastam a população  
dos espaços urbanos, persistirem devido ao conforto que isso trouxe.  
As pandemias e doenças ao longo da história mudaram significativamente as sociedades  
que sobreviveram as mazelas. Mas, ao mesmo tempo, elas trazem aprendizados que ficam para  
46  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
futuras gerações e que nos ensinam a lutar contra essas doenças. A única coisa que podemos  
afirmar com certeza é que a Covid-19 não foi a nem será a última delas.  
REFERÊNCIAS  
BONDUKI, Nabil. As mudanças que a pandemia gerou nas cidades vieram para ficar. Centro  
de Estudos Estratégicos da Fiocruz Antonio Ivo de Carvalho, 2021. Disponível em:  
ficar> Acesso em 22 de ago. 2022.  
BONIN, Jiani Adriana. Explorações sobre práticas metodológicas na pesquisa em  
comunicação. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, núm. 37, dezembro, 2008, pp.  
121-127. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Brasil.  
Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/4955/495550193018.pdf>.  
CAXILÉ, Carlos Rafael Vieira. O corpo e as pedras em evidência. Resenha. Projeto História,  
São Paulo, n.34, p. 377-379 , jun. 2007.  
FUCS, José. 24 mudanças trazidas pelo coronavírus que devem sobreviver a pandemia. Estado  
mudancas-trazidas-pelo-coronavirus-que-devem-sobreviver-a-pandemia,1122998>.  
GARATTONI, Bruno. O mundo pós-coronavírus. Superinteressante, 2020. Disponível em:  
<https://super.abril.com.br/especiais/o-mundo-pos-coronavirus/>.  
IMPACTOS sociais, econômicos, culturais e políticos da pandemia. Fiocruz, 2021. Disponível  
em:  
pandemia> Acesso em 22 de ago. 2022.  
LOURES, Alexandre; CASTRO, Flávio. Pós-pandemia: como será o mundo que vamos  
pandemia-como-sera-o-mundo-que-vamos-encontrar-no-futuro-proximo/> Acesso em 22 de  
ago. 2022.  
MACEDO, Pedro Henrique Oliveira. A doença que habito. Um livro-reportagem sobre a  
atuação e aprendizados dos profissionais de saúde e imprensa durante a epidemia de aids nas  
décadas  
de  
1980  
e
1990.  
Curitiba,  
2020.  
Disponível  
em:  
MARPLES, Megan. Saiba quais hábitos adquiridos devem ser mantidos após a pandemia. CNN  
adquiridos-devem-ser-mantidos-apos-a-pandemia/> Acesso em 22 de ago. 2022.  
PINHEIRO, Chloé. “Resiliência tem limites”: a saúde mental na pandemia de coronavírus.  
limites-a-saude-mental-na-pandemia-de-coronavirus/> Acesso em 22 de ago. 2022.  
QUATRO hábitos de prevenção de doenças que devem permanecer depois da pandemia para a  
saúde  
de  
todos.  
Instituto  
Butantã,  
2022.  
Disponível  
em:  
47  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás  
prevencao-de-doencas-que-devem-permanecer-depois-da-pandemia-para-a-saude-de-todos>  
Acesso em 22 de ago. 2022.  
SAÚDE mental global piorou na pandemia, diz OMS. G1, 2022. Disponível em:  
diz-oms.ghtml> Acesso em 22 de ago. 2022.  
SENNET, Richard. Carne e pedra. Tradução de Marcos Aarão Reis - 6º ed. 417 páginas.Rio  
de Janeiro: BestBolso, 2021. ISBN: 978-85-7799-060-3.  
SONTAG, Susan. Doença como metáfora, AIDS e suas metáforas / Susan Sontag; tradução  
Rubens Figueredo/Paulo Henrique Britto São Paulo: Companhia das Letras, 2007.  
TORRES, Raquel. Pandemia revela outras faces da xenofobia. ComCiência. Online. 2021.  
Disponível em: <https://www.comciencia.br/pandemia-revela-outras-faces-da-xenofobia/>  
Acesso em 22 de ago. 2022.  
48  
Revista Coletivo Cine-Fórum RECOCINE | v. 2 - n. 1 | jan-abr | 2024 | ISSN: 2966-0513 | Goiânia, Goiás